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26/06/2009

O poder da mulher tuaregue

Le pouvoir de la femme touarègue
par
Hami Aljoufa Oumarou (Gamar Hami, le lion du desert)


L’ancien système des castes tend à s’affaiblir chez la communauté touarègue au fur et à mesure qu’ils sont confrontés avec les sociétés industrielles.

Ces castes se décomposaient initialement ainsi:
- les Imajeghan, les nobles;
- les Imghad, les vassaux;
- les Inesleman, caste des marabouts;
- les Inadan, les artisans, des forgerons, appèles aussi Zarassa;
- et les Iklan, les esclaves (cette caste est presque completement disparue suite à la pression des autorités modernes…).

Dans le passé ces castes maintenaient leurs différences, il n’y avait pas de mésalliance entre une tribu Imghad et Inesleman comme exemples.

Chez les nomades, la famille touarègue est composée du chef de tente, de sa femme, de ses enfants. Comme la société berbère à son origine était matriarcale la femme touarègue a joué et joue toujours un rôle privilégié dans la vie sociale et politique. Elle peut choisir son mari, divorcer, elle deviendra ahsis, libre de tout lien. Comme se sont les femmes qui font tous les travaux domestiques, la femme touarègue se cultive se repose; elle est la détentrice du secret de tous les produits pharmaceutiques traditionnels et elle le confie uniquement à ses filles; elle est la dépositaire de la langue ancienne; elle est la meilleure enseignante de l’écriture Tifinagh, elle est la meilleure joueuse d’Imzad qui chasse la solitude et les mauvais esprits du campement, elle est la meilleure chanteuse et tapeuse du tambour de tendé, elle est, elle est, elle est…

Le pouvoir de la femme touarègue est indéfini et le respect de ses droits est un acte primordial pour toute la communauté .

© Gamar Hami, le lion du desert


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O poder da mulher tuaregue
por
Hami Aljoufa Oumarou (Gamar Hami, le lion du desert)


O antigo sistema de castas tende a enfraquecer-se na comunidade tuaregue, devido ao desenvolvimento das sociedades industriais.

Estas castas eram inicialmente compostas por::
- os Imajeghan, os nobres;
- os Imghad, os vassalos;
- os Inesleman, casta dos marabouts;
- os Inadan, os artesãos, também designados por Zarassa;
- e os Iklan, os escravos (praticamente desaparecida face à pressão das autoridades modernas...).

No passado, estas castas mantinham as suas diferenças, não existindo más relações entre uma tribo Imghad e uma tribo e Inesleman como exemplo.

Entre os nómadas, a família tuaregue é composta pelo chefe da tenda, pela sua mulher e pelos seus filhos. Dado que a sociedade bereber era nas suas origens matriarcal, a mulher tuaregue sempre desempenhou e desempenha ainda um papel privilegiado na vida social e política. Ela pode escolher o seu marido, divorciar-se, libertando-se de qualquer ligação. Dado que as mulheres tuaregues desempenham todo o trabalho doméstico, a mulher tuaregue torna-se culta e descansa; ela é a detentora do segredo de todos os medicamentos tradicionais, confiando-o unicamente às suas filhas: ela é a depositária da língua antiga (o tamasheq); ela é a melhor professora da escrita Tifinagh, ela é a melhor executante de Imzad (instrumento de cordas) que afasta a solidão e os maus espíritos do acampamento, ela é o melhora cantora e tocadora do tambor de tendé (pequeno tambor feito de pele de cabra), ela é, ela é, ela é ...

O poder das mulheres Tuaregue é indefinido e o respeito pelos seus direitos é um acto importante para toda a comunidade.

© Gamar Hami, le lion du desert





Hami Aljoufa Oumarou (Gamar Hami, le lion du desert) é natural de Agadez, no Níger, e pertence às tribos Kel-Away. Licenciou-se em Ciências Políticas em 2007 na Universidade de Batna (Argélia) e concluiu o mestrado em Relações Internacionais na mesma universidade em 2008.

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