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27/05/2009

Práticas educativas no deserto do Sara



1. Introdução

Enquanto assitimos ao crescente volume de movimentos migratórios um pouco por todo o mundo, originando relações interculturais a vários níveis e de diversa ordem, vemos igualmente crescer de forma assustadora, diversos problemas resultantes desses contactos entre culturas.

De uma forma geral, tornou-se frequente ao longo dos anos na nossa sociedade, a adopção quase exclusiva de modelos e práticas educativas ocidentais que, se algum contributo (negativo) tiveram, limitaram-se a favorecer o acentuar do etnocentrismo ocidental, na maior parte dos casos por via de um modelo educativo monocultural.

Defendemos há já algum tempo, que a sociedade actual assenta as suas relações numa dimensão intercultural. A chamada cultura norte-americana ou a cultura europeia, não mais têm razão de assim se denominarem, segundo uma perspectiva estanque. De grupo para grupo, dentro de uma mesma sociedade, existem profundas diferenças culturais, sendo que poderíamos mesmo defender, o grupo familiar, como sendo a mais pequena célula cultural. Tal facto parece ser tanto mais evidente, quando nos encontramos perante sociedades ocidentais e de cariz urbano.

A investigação nas relações interculturais, numa abordagem pluridisciplinar, defendida por Conceição Ramos (1996: 256) poderia ser a via pela qual muitos dos problemas que advêm das diversidades culturais, encontrarem uma solução. Na base de todo o sistema, a adopção de modelos educativos interculturais.

O nosso interesse pelo norte de África e, em particular pela cultura tuaregue, conduziu-nos a uma breve análise das práticas educativas desta sociedade, situadas no "seu contexto cultural e ecológico" (N. Ramos, 1990:321).

Consequência das políticas de colonização e posterior repartição dos seus territórios, o povo tuaregue, apesar de todo um conjunto de referências comuns, em particular a língua e o modo de vida nómada, das quais resulta uma forte identidade étnica, caracterizam-se actualmente por uma enorme variedade sócio-cultural, acentuada em parte por essa repartição territorial imposta pelos diversos países que partilham o território do Sara.

Assim, ao longo do presente trabalho, debruçar-nos-emos sobre os Kel Ahaggar, na região do Hoggar, em parte devido à forte representatividade desta confederação tuaregue (Nicolaisen, 1997; Bernezat, 1991; Chaker, 1984).

Nos acampamentos tuaregues, a vivacidade e a precocidade das crianças é sempre algo que causa espanto. Muito pequenos, encontramo-los em cima de camelos, ocupando-se das cabras, não ignorando nada acerca do deserto e da vida nómada.

No entanto, visivelmente, as crianças tuaregues vivem e desenvolvem-se num clima de ternura e de carinhos atentos.


Fig. 1 - Criança tuaregue com o seu pai


2. A educação da criança… de ritual em ritual

Marco importante na vida de toda a sociedade é o nascimento de uma criança, celebrado de diversas formas, de acordo com determinados rituais que variam de cultura para cultura. No deserto do Sara, na região do Hoggar (Argélia), os tuaregues não são excepção à regra. Os "Textos Tuaregues em Prosa" (Chaker, 1984), reunidos por Calassanti-Motylinski entre 1906 e 1907 e, posteriormente, até 1916 por Charles de Foucauld, mostram alguns pequenos exemplos desses rituais e práticas educativas das crianças tuaregues.

Iniciando o nosso percurso pelo acto do nascimento, referiremos que o mesmo é assistido pelas mulheres tuaregues mais velhas, cujo relato passamos a transcrever:


"[Elles] lui coupent le cordon, le lavent avec de l'eau chaude, lui tirent les narines et l'enveloppent dans un drap de mousseline. Elles le donnent à sa mère pour qu'elle l'allaite lorsque la pâmoison est passée. Si elle ne reprend pas [rapidement] ses esprits, les vieilles font boire à l'enfant une infusion de dattes avec une pipette faite en bois de tamaris. Les femmes touarègues la fabriquent elles-mêmes. Cette pipette pour les enfants a un nom particulier: on l'appelle arelala («biberon»). Une vieille femme prend le bébé sur ses genoux et lui chante «Dû-dellâ, dû-dellâ, dû-dellâ» en le berçant."
(Chaker, 1984:86)


Facilmente constataremos os inúmeros pontos em comum com as práticas utilizadas na nossa sociedade. É igualmente curioso verificarmos que, em alternativa ao leite materno, caso a mãe não se encontre em condições de amamentar, se recorre ao leite de cabra, razão pela qual permanece sempre um destes animais ao lado da tenda que alberga o recém nascido e a respectiva mãe.

Do relato transcrito, notamos a ausência do pai em todo o processo do nascimento da criança. Na realidade, o acto do nascimento em si mesmo é partilhado e assistido apenas pelas mulheres. Ao pai é reservado o papel na preparação dos festejos aquando da atribuição do nome à criança.

Quando atingem os setes dias de idade, é-lhes atribuido um nome, ocasião de cerimónias de carácter festivo, sendo igualmente este, o dia em que lhes é cortado o cabelo. A atribuição de um nome no decorrer do ritual, confere-lhe uma identidade, sendo então a criança reconhecida como um membro do grupo familiar (Erny, 1989:32).

O próprio corte do cabelo assume um significado, evoluindo o corte e o penteado com o decorrer da idade e a respectiva passagem pelas diversas fases propiciatórias. Regra geral, após o nascimento, o cabelo é rapado às crianças sem distinção de sexo. De igual modo, até cerca dos 2 anos de idade, tanto rapazes como raparigas usarão um tufo de cabelo na parte superior do crâneo.

Cerca dos dois meses de idade, executam-se no corpo da criança escarificações rituais, nas têmperas, nas costas e no peito. Crêem desta forma fortificar a criança e, que por via de tal ritual, ela começará a andar mais cedo (Fig. 2) (Chaker, 1984:88).


Fig. 2 - Escarificações rituais praticadas num bebé de dois meses

É referido por Foucauld (Chaker, 1984:86) que, as primeiras palavras proferidas pela criança são, papá, mamã, água, tâmara, camelo, burro, cabra entre outras. Tal conjunto de palavras revela uma profunda relação ao meio envolvente, nomeadamente ao nível das necessidades básicas no deserto, não só da criança como igualmente do adulto.

Esta profunda relação entre meio ambiente e cultura, torna-se igualmente evidente ao nível dos brinquedos e das próprias brincadeiras das crianças tuaregues.

Reconhecemos a importância dos brinquedos na educação de uma criança. O brinquedo não só satisfaz o sentido de posse da criança, como também desenvolve a familiarização com os objectos manejados pelos adultos, incrementando assim a sociabilização e o contacto com a realidade. Desenvolvendo as suas capacidades e aptidões, não só de ordem física como intelectual, os brinquedos ensinam, treinam e influenciam a criança.

Ao analisarmos o caso concreto das crianças tuaregues, deparamo-nos com isso mesmo. Os brinquedos assumem praticamente o papel de um ritual de iniciação à vivência no deserto. É o primeiro contacto com alguns dos objectos e práticas que o acompanharão durante toda a sua vida.

Representando os camelos um papel primordial na vida dos tuaregues (Bernus, 1993; Bernezat, 1991; Nicolaisen, 1997; Vaes, 1992), ao contrário dos outros animais domésticos, aqueles chegam a assumir uma função social (Nicolaisen, 1997:115). Mesmo no seio das crianças da classe dos vassalos (àcerca da organização social dos tuaregues, consultar Bernus, 1993; Bernezat, 1991; Nicolaisen, 1997; Vaes, 1992; basicamente no topo da pirâmide surgem os nobres, seguidos dos vassalos e na base da pirâmide a classe dos escravos), habituados a lidar muito mais de perto com outros animais domésticos, é notório o interesse exclusivo pelos bonecos camelo. Nas suas brincadeiras, desde muito novos, os meninos tuaregues constroem os seus próprios camelos, utilizando para o efeito ossos de cabra ou carneiro ou simplesmente esculpem-nos em pedra (V. Fig. 4, 5 e 6).


Fig. 3 - Desenho de uma criança tuaregue representando uma caravana de camelos


Fig. 4 - Brinquedos camelos. À esquerda: maxila de cabra, com sela e cameleiro (alt. 27,2 cm); à direita: pedra partida representando um camelo (alt. 4,2 cm)



Fig. 5 e 6 - Criança tuaregue a brincar com bonecos camelo esculpidos em pedra

Omnipresentes na vida dos tuaregues, os camelos são montados pelos rapazes desde a mais tenra idade. Com cerca de 3 ou 4 anos, por vezes mais novos, montam pela primeira vez um camelo e, com cerca de 10 anos conseguem montar um camelo sem sela, tarefa de difícil execução exigindo um perfeito domínio sobre o animal.


Fig. 7 - Criança com 18 meses em cima de um camelo

Foucauld (Chaker, 1984:89), refere-se à altura em que a criança se encontra preparada para montar um camelo, como sendo aquela logo após o período da circuncisão. Momento que igualmente marca a infância da criança tuaregue, como ritual e, que antecede um outro, assumindo porventura uma maior importância, a passagem à idade do jejuar e ao consequente direito a usar o taggelmoust, o véu tuaregue, marcando a passagem da infância à puberdade.

A idade do jejuar para os rapazes, acontece quando aparecem as primeiras pilosidades no seu corpo. Nas raparigas, o jejum inicia-se com a menarca.

O véu assume assim um papel importante na sociedade tuaregue, existindo contudo várias teorias quanto à sua função. A nosso ver e perante o exposto, é óbvio que ele terá como principal função, o assumir de um estatuto, facto pelo qual existe um período marcado por um ritual que confere ao tuaregue o direito ao uso e ao porte do véu.

A educação das raparigas não difere muito da dos rapazes. Passarão no entanto muito mais tempo próximo das suas mães, observando-as e imitando-as nas suas tarefas.

Por norma, os meninos e as meninas tuaregues tendem a separar-se nas suas brincadeiras. Tal como vimos, os rapazes centram-se em particular à volta de bonecos camelo, enquanto que as meninas brincarão com outro tipo de bonecos.



Fig. 8 e 9 - Boneca e boneco tuaregue

As Fig. 8 e 9, são outros exemplos de bonecos tuaregues. Na Fig. 8 deparamo-nos com uma boneca de tranças compridas, cabeça fabricada de contas e roupas de algodão. Ao analisarmos em pormenor a boneca, é curioso repararmos na representação dos seios e dos orgãos sexuais. Esta fotografia, retirada da obra de Nicolaisen (1997), representa uma mulher grávida. A mulher tuaregue continua a deter um estatuto incomparavelmente superior ao da mulher ocidental, em parte devido ao facto de ser considerada a geradora de vida. As crianças tuaregues são desde cedo confrontadas com tal facto, ou não estivessemos perante uma sociedade matriarcal. Contudo, nos dias que correm, sobre a pressão do Islão, as tradições matriarcais esbatem-se e, o papel político-social da mulher tuaregue é posto em questão, sobretudo em Tamanrasset, na região do Hoggar.

Um outro brinquedo que não poderemos deixar de referir são os amuletos. Na realidade, o mais espantoso em todo o vestuário tuaregue são os inúmeros tesouros que trazem suspensos ao pescoço por fios de couro. Seja a carteira para documentos, ou os pequenos sacos rectangulares ou quadrados em que guardam produtos mágicos, uns para as doenças outros para o azar, outros ainda guardando um pedaço de papel com um texto do Alcorão, o que é um facto, é que são numerosos os amuletos que o nómada transporta consigo. Acreditam que os maus espíritos percorrem todo o Sara.

As cranças tuaregues, desde muito novas, também os usam, não só no seu dia-a-dia (Fig. 2), como igualmente nas suas brincadeiras. São muitos os sacos minúsculos que os pais fabricam para as brincadeiras dos seus filhos (fig. 10).


Fig. 10 - Brinquedos representando sacos amuletos

Os finais de tarde são passados à volta de um chá. Nem a seca, a perda dos rebanhos ou a pobreza, alteram o desejo profundo de viverem totalmente o momento presente. O cerimonial do chá assume neste contexto um papel deveras importante.

O uso do chá modificou profundamente o meio sariano, assumindo um papel semelhante ao do alcool na Europa, como símbolo das relações sociais. O cerimonial do chá rompe a monotonia dos dias, tendo-se tornado numa necessidade. Concentrado e muito doce é igualmente uma bebida tónica, tornando-se indispensável durante as longas travessias do deserto.

A sua preparação é minuciosa, assumindo-se como um verdadeiro ritual, símbolo da hospitalidade tuaregue. São sempre servidos três copos de chá. O primeiro, muito forte para aliviar a secura do deserto, o segundo com muito açúcar para fornecer energia, o terceiro mais fraco para refrescar o corpo. Às crianças está reservado apenas um quarto copo, este ainda mais fraco que o terceiro.

Consideramos a hipótese de poder tratar-se de um ritual de iniciação prolongado a todo o cerimonial do chá, apesar de que nos relatos que surgem a este propósito, sejam apenas invocadas razões de saúde (Vaes, 1992; Nicolaisen, 1997; Bernezat, 1991). Certo é que as crianças tuaregues são desde muito novas inseridas no cerimonial, símbolo das relações sociais em todo o deserto do Sara.


Fig. 11 - Criança tuaregue participando no cerimonial do chá

De ritual em ritual, parece ser o percurso das práticas educativas no deserto do Sara. Contudo, a sedentarização forçada, com a consequente destruição da organização político-social do povo tuaregue, bem como a islamização de todo este espaço, constituirão por certo novos desafios para este povo e uma mudança radical nas suas práticas culturais.


Fig. 12 - Desenho de uma criança tuaregue


3. Uma pedagogia ritual, uma educação prática

Demos conta ao longo do exposto de todo um conjunto de rituais que caracterizam as práticas educativas das crianças tuaregues na região do Hoggar.

Segundo Erny (1987), a educação "considerada na sua dinâmica" visa a "transmissão de um património" assegurando uma continuidade. Trata-se do processo de transmissão permanente de cultura (Erny, 1987:16). Ainda de acordo com Erny, a educação tradicional atinge toda a sua plenitude por via das iniciações. "É através da pedagogia iniciática que surgem mais claramente os valores ideais que uma determinada sociedade propõe abertamente aos seus membros" (Erny, 1987:17).

De todo o exposto anteriormente, as práticas educativas na região do Hoggar, parecem processar-se seguindo um modelo de imitação, a que Erny chama de "modelo informal" oposta à "educação formal" cujo propósito é apenas o da imposição (Erny, 1987:18-19). Através de todos os rituais por que passam as crianças tuaregues, desde a identificação, passando pelo desenvolvimento, pela integração no seio do grupo, participação na vida social e finalmente a respectiva aceitação como membro desse mesmo grupo, encontramo-nos claramente perante uma "pedagogia ritual" (Erny, 1987:31).

O modelo educativo por via da imitação é bem visível junto do povo tuaregue. Perante um meio ambiente tão hostil quanto o deserto do Sara, apenas os iniciados terão alguma hipótese de sobrevivência.

Adultos e crianças misturam-se no dia-a-dia partilhando tarefas. Contudo, perante os acontecimentos que vão ocorrendo um pouco por todo o deserto do Sara, até que ponto beneficiarão as crianças Kel Ahaggar de toda esta educação prática de vivência de deserto?

Actualmente, vários são os tuaregues que defendem a importância da escolarização para a evoluçaõ da população nómada. O governo argelino, por exemplo, esforça-se na criação de internatos para acolher as crianças nómadas e "dar-lhes a instrução necessária" (Vaes, 1992: 410). Mas até que ponto essa instrução não poderá ser considerada como uma "educação formal" (Erny, 1987), imposta, sem preocupações pelas diversidades culturais do norte de África?

É no seio da família, tanto nos acampamentos como nas cidades, que os pequenos tuaregues aprendem a familiarizar-se com o meio particularmente severo que é o seu. Toda esta formação não é menos importante do que a recebida numa escola. Não se pode viver no Sara sem estar em perfeita simbiose com o seu meio natural. É através da educação prática, que as crianças tuaregues são iniciadas no seu meio ambiente. Os pequenos tuaregues de hoje, poderão ter de enfrentar um mundo diferente, onde o desenvolvimento industrial, mineiro e turístico, poderá mudar as suas condições de vida no seu espaço.

Valerá a pena transcrever o relato de um tuaregue, a sua experiência, os problemas sentidos, a propósito da escolarização.


"Frequentar a escola implica ter-se residência fixa, mas a vida nómada é muito errante. Quando entrei para a escola, foi muito difícil para mim separar-me da minha família. Não conseguia imaginar-me a viver num só local. Esta situação difícil deixou-me mais ou menos traumatizado. Não era capaz de conceber viver sem a minha mãe, nem a minha família de quem tanto eu gostava. Mas também sem leite, que era um componente importante da minha vida. Passei muitos anos sem conseguir adaptar-me verdadeiramente.

Reconheço que o meu pai gostava que eu andasse na escola, mas a minha mãe opunha-se totalmente. Foi por isso que ela consultou um marabout afim de ele fazer determinado feitiço. Esse sortilégio deveria atrofiar-me a inteligência. Há marabouts que prometem aos pais tornar os filhos surdos. Felizmente não fiqui nem pateta nem surdo e, continuei a frequentar a escola."
(retirado de Adalil, les filles des sables, de BANULS, Sylvie e Peter HELLER)


Tentámos de alguma forma situar as representações e as práticas educativas por parte dos pais tuaregues, no seu contexto sócio-cultural e ecológico, seguindo o modelo de N. Ramos (1990; 1993).

De acordo com N. Ramos, o comportamento dos pais em relação à criança no que concerne tanto às "representações, práticas educativas e estilos interactivos, constitui um domínio complexo, onde estão implicados padrões individuais e sociais, em que interagem a dimensão pessoal e fantasmática dos indivíduos e a dimensão social e cultural dos grupos humanos" (N. Ramos, 1990: 315-316).

Temos no entanto consciência do carácter introdutório do presente trabalho. Muito fica por investigar, numa análise que se pretenderia detalhada das práticas educativas expostas e, das consequências e repercussões destas na futura vida adulta das crianças tuaregues. A par dessas práticas, não poderíamos excluir os vastos problemas com que se debatem actualmente os tuaregues, em particular a sedentarização forçada e o consequente enfrentar de práticas educativas distantes das tradicionais.

Ficámo-nos pois, por uma análise iniciática a toda esta complexa questão.



Bibliografia

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VAES, Bénédicte, Gérard del MARMOL, e Albert d'OTREPPE (1992), Guide du Sahara, Hachette.



Créditos fotográficos

© BERNEZAT, CHAKER, NICOLAISEN




(texto escrito em Abr. 1999)

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