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27/05/2009

Estratégias nos movimentos migratórios dos Tuaregues

O estudo das migrações no seio da sociedade nómada tuaregue, levanta-nos desde logo um problema de difícil análise e, do qual emana, segundo nos parece, a questão central deste nosso trabalho. O ser-se estrangeiro no seu próprio território.

Convirá nesta breve introdução e, antes de passarmos às questões centrais do presente estudo, tecermos algumas considerações tanto sobre o nomadismo como sobre as migrações de uma forma geral.

É desde logo fundamental termos consciência da prática do nomadismo enquanto tendência natural do homem ao longo de vários séculos (Jackson, 1991: 3). Ao homem deverá estar sempre associada a ideia de movimento. Seja por força de catástrofes, guerras ou convulsões, seja pela necessidade de aumentar o seu rendimento económico, as migrações sempre fizeram parte da vida do homem. Em suma, a busca incessante de melhores condições de vida, fazem com que as sociedades humanas não sejam estáticas.

A "sociedade de fixação", segundo Jackson, não existe nem nunca terá existido, tratando-se apenas de um conceito errado, que simplesmente teve como consequência infeliz a adopção da representação do migrante como um estranho ou uma pessoa marginal (Jackson, 1991:4).

Assim, o estudo das migrações parece tomar hoje em dia um novo rumo, fruto em grande parte do impacto social, económico e cultural que elas mesmas representam, demonstrando pois a importância da mobilidade humana.


1. A sociedade nómada tuaregue

De acordo com os dados disponíveis, a população tuaregue que actualmente povoa o deserto do Sara, parece ter sido expulsa dos seus territórios de origem, no norte de África, num movimento para sul, por altura das invasões árabes. Empurrados para a região do Sara, espalham-se por todo o deserto, desempenhando durante vários anos um papel importante no comércio entre o norte de África e a África subsariana (Durou, 1996; Brett, 1997; Nicolaisen, 1997).

No entanto, os tuaregues são essencialmente pastores nómadas, apesar de esporadicamente também se dedicarem à agricultura, sobretudo junto a oásis (Nicolaisen, 1997). A sua vida é regulada por um ciclo, numa busca incessante de água e pastos para os seus rebanhos. As constantes migrações que realizam, reflectem apenas a necessidade absoluta de sobrevivência, dos seus rebanhos e, consequentemente a deles próprios.

Contudo, a partir dos finais do século XIX, um enorme número de factores, alheios aos próprios tuaregues, iniciam a destruição de todo um equilíbrio em que a sua sociedade nómada parecia assentar. Modificações ao nível da organização social, política e económica, provocadas pela colonização francesa de toda a região do Sara, produziram consequências dramáticas na situação actual deste povo (Porch, 1986; Durou, 1996).

As dificuldades do terreno, não impediram a colonização francesa de toda a região, abalando toda a estrutura da sociedade tuaregue. Perante esse conjunto de acontecimentos, provocados pela colonização, os chefes das grandes confederações tuaregues, do Aïr, do Hoggar e do Ajjer, tentam negociar com a França uma solução política que permitiria a obtenção da independência de uma parte dessa vasta região do Sara. A procura de tal solução deu-se no entanto em vão. Aliás, o rumo dos acontecimentos foi bem diferente.

Com a independência obtida pelos países que formavam as colónias francesas na região, a situação do povo tuaregue agrava-se ainda mais. As fronteiras traçadas pelos poderes europeus repartem este povo por vários Estados, para além de constituirem barreiras artificiais nos seus territórios de nomadismo.

De igual modo, essa absurda marcação de fronteiras torna-se numa das causas de instabilidade em algumas zonas do norte de África, veja-se o caso entre Marrocos e a Argélia, provocando, em face desses conflitos uma forte militarização das zonas de fronteira. Para o povo tuaregue, essa presença militar nas zonas fronteiriças coloca graves dificuldades tanto à sua transumância pastoril como às práticas comerciais por eles levadas a cabo.

A par destes factores surgem as catátrofes naturais. As grandes secas, em particular as dos anos 70 e 80, provocaram um golpe brutal no nomadismo.

Actualmente, a grande maioria das tribos encontra-se dividida. Os locais habituais de nomadismo encontram-se limitados ou são desviados pelos governos locais, facilitando dessa forma o seu controle e evitando a reorganização das tribos. A complexa organização política tuaregue representa ainda uma potencial ameaça para os governos locais de toda esta região.

Perante todas estas circunstâncias, a emigração forçada para as cidades é única solução encontrada para o tuaregue, resultando assim numa sedentarização contra a sua própria vontade. Assim, a condição natural do homem tuaregue, o nomadismo, vê-se ameaçada. A estaticidade que a sedentarização representa (Jackson, 1991: 1-4), torna-se numa verdadeira humilhação para todo o tuaregue.


2. Movimentos migratórios do povo tuaregue

Apesar de minoritárias, existem ainda algumas sociedades que baseiam a sua vida em deslocações permanentes ou regulares, são as populações nómadas ou seminómadas (Dollot, 1976: 31-33; Thumerelle, 1986: 16-17), sendo que um dos exemplos mais representativos é precisamente a sociedade tuaregue.

Um dos grandes especialistas em questões nómadas, Moudour Zakara, ex-ministro dos assuntos Sarianos do Níger, define um nómada como sendo "um homem cuja actividade e modo de vida são essencialmente caracterizados por migrações, ainda que isso não signifique que ele esteja em constante deslocação ao longo de um ano inteiro" (cit. Vaes, 1992: 508). No Níger, os que se podem realmente qualificar de nómadas, uma ínfima minoria, são-no por tradição e necessidade, uma vez que conhecem desde o seu nascimento apenas aquele modo de vida, associado à plena liberdade e ao amor pelos grandes espaços, tornando-se bem difícil alterar o seu comportamento, mesmo de uma forma progressiva. As hipóteses para que tal alteração se venha a verificar, encontram-se dependentes da própria evolução da sociedade em questão, que A. Bourgeot designa por "movimento para a sedentarização" (cit. Vaes, 1992: 401-404).

Tal movimento, segundo aquele autor, poderá tomar duas vias. A primeira, denominada sedentarização dinâmica, é o resultado de um dinamismo interno que conduz uma sociedade nómada à sedentarização; a segunda, a coerciva, conduz a sociedade à sedentarização por factores externos de diversa ordem, económica, política, jurídica, entre outras (cit. Vaes, 1992: 401-404).

Zakara distingue quatro "patamares" na evolução da sociedade nómada até à sedentarização, baseando a sua análise numa profunda interligação daquilo que considera "constrangimentos geográficos, económicos e políticos do meio" (cit. Vaes, 1992: 510).

Passando a uma rápida descrição desses "patamares", os nómadas puros, por definição, não praticam nenhuma forma de agricultura. O seu habitat é essencialmente móvel e as suas deslocações envolvem todo o grupo de acordo com um ciclo regular, entregando-se exclusivamente à criação de gado.

Num segundo "patamar" de evolução, surgem os nómadas agricultores. Ainda que pratiquem a cultura do milho na época das chuvas, a sua actividade principal é igualmente a criação de gado. Tal como os nómadas puros, o habitat é móvel e as numerosas deslocações são realizadas por todo o grupo. Esta categoria esforça-se por conciliar a criação de gado e a agricultura, sendo no entanto esta última apenas a título complementar.

A direcção e a importância das deslocações do nómada agricultor, são condicionadas essencialmente por dois locais. Os pontos de água onde passará a maior parte da estação seca e o local onde semeará o milho no início da estação das chuvas, ao qual regressará para o recolher durante o mês de Outubro.

Os semi-nómadas, num terceiro "patamar", distinguem-se dos anteriores, pelo facto das suas deslocações raramente serem superiores a 30 quilómetros e, de se realizarem geralmente em redor de um ponto de água permanente, na proximidade do qual se encontram igualmente as culturas. As deslocações são realizadas apenas por uma parte do grupo, normalmente os mais jovens, que se deslocam com os animais.

Surge finalmente o último "patamar" de evolução, os nómadas sedentarizados, fixando-se num determinado ponto seja por plena vontade, seja por força das circunstâncias. A idade, a doença, a pobreza, a seca, as epidemias que atacam os animais, constituem factores que podem transformar, súbita ou lentamente, um itinerante num sedentário. (Vaes, 1992: 511).

O resultado da evolução em "patamares" não implica que uma hierarquia substitua a anterior. Bem pelo contrário, todas elas coexistem nos dias de hoje, sendo contudo o "patamar" dos nómadas sedentarizados, a hierarquia mais representativa da actualidade.

Em cada uma das hierarquias de evolução referidas, o indivíduo é obrigado a adaptar-se a um novo meio ambiente, a um novo modo de vida, a novos costumes locais, por vezes a um novo dialecto local. Zakara refere a este propósito, que "a partir do momento em que o nómada se sedentarize, a operação termina com uma verdadeira mutação do indivíduo" (cit. Vaes, 1992: 511).

Pensamos contudo a este propósito, não se tratar de uma "verdadeira mutação do indivíduo", mas tão somente a aquisição de um novo estatuto, o de emigrante. Aliás, a própria designação a que Zakara se refere, "nómada sedentarizado", implicará um continuar a assumir uma identidade cultural nómada.

Brahim Litny, tuaregue do Mali, a viver actualmente em Paris, escreve: "O deserto é a minha identidade, o meu lar. Quando regresso ao deserto, sinto que reencontro o meu lar. Volto a encontrar a minha própria dimensão, o sentido das coisas, sinto-me no meu elemento natural. Em contrapartida, quando me encontro em Paris, sou constantemente obrigado a adaptar as minhas necessidades, sou obrigado a conformar-me com comportamentos, valores e discursos pouco habituais para mim" (Litny, 1994: 147).

Este é o verdadeiro sentimento do povo tuaregue. Paris poderia ser substituída por Bamako ou qualquer outra cidade do Sael, mas é um facto que nem o Mali, nem o Níger, nem a Argélia, nem qualquer outro país que partilha o deserto do Sara, é a pátria de um tuaregue. A sua pátria é o deserto, da mesma forma que a sua língua, própria, é o tamacheque.

Torna-se pois claro concluir, perante um conceito espacial tão definido, uma identidade cultural tão característica (Nicolaisen, 1997: vol.1, 394) e, uma organização político-social tão complexa (Nicolaisen, 1997: vol.2, 501), que caracterizam o povo tuaregue, estarmos perante uma pátria tuaregue imaginária, que existe apenas no espírito dos tuaregues, mas na qual acreditam fortemente, e através da qual são estabelecidos todos os laços de união.

Todos os factos que temos vindo a referir representam a consciência de identidade do povo tuaregue. Apesar de dispersos, a maior parte sedentarizados, pelos diversos países da região do Sara, tal não implica que se tenha operado uma mutação do indivíduo. Para que tal tivesse acontecido, essa consciência colectiva teria de ser a primeira a desaparecer. Segundo Bruneau, "os membros de uma diáspora podem estar perfeitamente integrados e aculturados nos países de acolhimento, mas não podem estar assimilados, senão teriam perdido toda a sua consciência identitária, e deixariam de constituir uma diáspora" (Bruneau, 1994: 8).

No presente caso tuaregue tal não se verificou. A consciência identitária continua a existir. Os valores e a cultura tuaregue continuam a ser transmitidos de geração em geração, parecendo estarmos longe da quebra dessa cadeia contínua de identidade.

No entanto, será pertinente referirmo-nos ao alcance esigmatizante da expressão "nómada sedentarizado", facto igualmente presente emtantos outros casos de contexto migratório (V. Leandro, 1998: 148).

Assim, convirá desde já salientar a existência de dois movimentos migratórios que caracterizam a população tuaregue. Por um lado, os próprios movimentos em contexto nómada, como prática e forma de vida, por outro, os movimentos migratórios que conduzem à sedentarização.

Em ambos os casos, tais movimentos implicam uma forte estratégia de adaptação. Por um lado de uma adaptação constante a essa dura forma de vida que é o nomadismo, por outro, uma adaptação a uma nova e radicalmente oposta forma de vida, a sedentarização.

Sem esta noção de estratégia tão bem definida, qualquer um dos movimentos migratórios seria impensável para os tuaregues.


2. Dupla estratégia. Adaptação e resistência tuaregue

Do exposto anteriormente, essa adaptação constante a que o nómada se sujeita, fará parte do conjunto de estratégias em que toda a sociedade tuaregue parece assentar.
A este propósito, convirá desde logo definir a noção de estratégia. Segundo E. Leandro, estratégia "consiste na condução e realização de acções lógicas com o objectivo de mobilizar diversos meios para atingir objectivos globais" (Leandro, s.d.).

Na actualidade, por força dos condicionalismos, os próprios tuaregues tendem a entrar nessa lógica da adaptação, sedentarizando-se. A nosso ver, essa mudança de estatuto, de nómada a emigrante, à qual fizémos alusão no capítulo precedente, poderá fazer parte de uma estratégia dos movimentos migratórios do próprio povo tuaregue.

Contudo, essa estratégia de adaptação apenas ganha lógica se encarada a par de uma outra, a estratégia de resistência. Resistência de uma identidade nómada face a uma identidade cultural árabe / islâmica.

Resulta óbvio que nesse movimento para a sedentarização, nos encontramos definitivamente perante a situação de contacto de duas culturas distintas entre si, de um lado a berbere/tuaregue do outro a árabe/islâmica.

Nesse sentido, a noção de aculturação, como "forma de mudança cultural suscitada pelo contacto com outras culturas" (Neto, 1997: 43) é tão pertinente quanto complexa no presente caso em análise. Para tal, bastará recordarmos que seriam os berberes / tuaregues os habitantes originais do norte de África e, que após as invasões árabes do século VII, "uma nova mentalidade e expressão" (Brett, 1997: 81) é imposta. Digamos pois, que é com o decorrer dos séculos, dos finais do século VII até ao século IX em particular, que os novos habitantes dessa região provocam um desencadear de contactos "contínuos e directos" (Neto, 1997: 43) originando uma perda de legitimidade e supremacia cultural do povo Berbere, através de todo o processo que foi (e ainda o é na actualidade) a islamização.

Apesar de terem aceite o Islão como nova religião, os tuaregues mantiveram contudo alguns aspectos da cultura pré-islâmica e tradições rituais. A islamização parece nunca ter sido capaz de apagar em definitivo a cultura berbere, em parte devido aos refúgios geográfico-espaciais escolhidos, o deserto do Sara e as montanhas mais inacessíveis do norte de África. Desta forma foi possível preservar uma língua própria, diversos costumes e formas de organização social.

Face a todos os problemas levantados ao longo do capítulo precedente, coloca-se-nos a questão de sabermos até que ponto, o problema da aculturação não será um fenómeno em contínuo desenvolvimento em todo o norte de África, conduzindo a uma lenta e gradual perda de identidade do povo tuaregue.

Dos relatos existentes, não nos restam dúvidas quanto à importância assumida por essa estratégia de resistência delineada no processo de sedentarização.

A necessidade de ligação permanente com a sociedade de origem, com esse modo de vida tradicional, encontra-se igualmente patente na transmissão de valores, bem como de um modo geral em todo o processo de educação dos próprios filhos. A resistência ao processo de escolarização das crianças tuaregues nas cidades, é igualmente uma das provas dessa protecção à sua identidade cultural. De um modo geral, os tuaregues não mandam as suas crianças para as escolas das cidades, caso contrário, segundo eles próprios, ficariam irreconhecíveis e já não se identificariam mais com o seu próprio povo.

Mas até quando funcionará esta dupla estratégia de adaptação, por um lado, e de resistência identitária, por outro? Até que ponto, no futuro, este processo não entrará numa "lógica de (re)elaboração" (Leandro, 1998:150)?

Todas estas questões serão deixadas propositadamente em aberto. Poderíamos deixar em aberto algumas respostas hipotéticas, no entanto, a complexidade de todo o contexto social em que se insere este povo, para além das questões climático-ambientais, não nos levará a arriscar nenhum tipo de resposta.


Conclusão

A complexidade na análise dos fenómenos migratórios, conduz-nos inevitavelmente a um vasto conjunto de questões às quais não nos poderemos abstrair, para uma análise detalhada do deu conjunto. No entanto, falta-nos o tempo e, essencialmente um trabalho sistematizado de terreno, que tal análise em nosso entender mereceria.

De acordo com M. E. Leandro, "os projectos migratórios, sendo individuais, integram simultaneamente, uma solidariedade familiar e as próprias dinâmicas do contexto social" (Leandro, 1998: 129), advindo pois toda a complexidade na investigação das migrações.

Neste breve estudo, que não passará porventura de uma introdução a uma investigação que se pretenderia mais aturada, resta-nos concluir que, a sociedade nómada tuaregue reage às políticas assimilacionistas dos governos locais, através de uma dupla estratégia, a da adaptação e a da resistência.

É curioso verificarmos que a sedentarização deste povo não possa ser encarada através da sua dedicação à criação de gado. Manter os nómadas nas suas actividades pastorais e/ou no comércio caravaneiro, seria reconhecer o seu prestígio nestes domínios, algo que está bem longe das políticas praticadas. Os trabalhos nas minas e na agricultura, são os domínios destinados ao povo tuaregue, numa tentativa de assimilação, de esvaziamento identitário e respectiva perda de coesão social.

É ainda interessante constatarmos que, nos países ou regiões em que os nómadas não representam nenhum perigo na tomada do poder político ou económico, reina a marginalização. Veja-se o caso dos ciganos por toda a Europa.

Enquanto toda a sociedade tuaregue não se encontrar completamente desmantelada, a sua organização política, social e económica, representará sempre uma potencial ameaça para os países que partilham o deserto do Sara.

Resta-nos terminar, tal como havíamos iniciado, com o facto de que para além da complexidade de todo e qualquer fenómeno migratório, estarmos ainda perante um caso tão banalizado em todo o continente africano, o facto de se ser estrangeiro no seu próprio território.


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(texto escrito em Jul. 1999)

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